quinta-feira, 29 de março de 2012

Quem tem medo do mensalão

Tem gente com medo de o mensalão vir à tona aqui em Porto Alegre... Basta olhar as fotos de aniversários políticos por aí que saberão do que falo.

O detalhe, agora, é que tá sobrando pro coitadinho do Demóstenes. Foi ele que armou o mensalão. Gravou, editou e divulgou. Ora, que barbaridade! Um político que se relaciona com bicheiro não pode denunciar os seus colegas. Ou será que pode?

Certo é que os companheiros arrumaram um jeito de espantar o debate do MENSALÃO criando um novo monstro culpado. Não houve compra e votos, não houve nada. Apenas um senador que inventou tudo... E assim se desfazem os medos daqueles que tem medo do mensalão!

A EPTC, os recordes de arrecadação e os inquéritos por descumprirem as leis municipais

E a EPTC multa cada vez mais, tem prejuízo e não cumpre a lei!


O problema é simples: o ex-prefeito José Fogaça criou e implementou uma lei ótima. Que o atual prefeito descumpre. Cara de pau? Bobagem, até inquérito já tem!

Poa tem a Lei do Plano Diretor Cicloviário Integrado que não é cumprida. Ela determina que 20% da arrecadação de multas aplicadas pela EPTC seja investida nesse plano. Nada foi investido! Ou seja, a grana foi desviada. Já os projetos da Copa, as grandes obras, terão ciclovias no FUTURO. Agora não. Fica pra depois. Crime, pois a lei prevê que todas as novas obras tenham desde o princípio ciclovias previstas. Os bicicletários... se não tem ciclovia, não tem bicicleta, não precisa bicicletário, certo Prefeito?!

Não adianta participar de corrida e passeio, não. O povo tem olhos e ouvidos. E calça jeans não combina com esporte, alguém pode dizer ao Fortunati? Não fica bem nem na foto! Foto que você vê na Zero!

Não acredita? Olha o mail da EPTC:


Achei isso na rede. Sigo buscando mais informações.

Creche noturna

E agora os vereadores não querem saber de creches noturnas. Não tem como trabalhar e cuidar de filhos, não é mesmo, senhor prefeito?

Claro que quem lê a Zero não precisa desse serviço, tampouco quem trabalha lá e faz plantões, não é mesmo?


Fraude na execução do contrato de serviço de capina de Porto Alegre operado pela empresa DELTA


Há muito tempo a Prefeitura de Porto Alegre anda envolvida com a sua gestão de resíduos e com os serviços privatizados de limpeza urbana, ao ponto de ter que comparecer no Ministério Público de Contas (MPC), que atua junto ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, e no Ministério Público Estadual gaúcho (MPE), a fim de dar explicações aos procuradores e promotores de Justiça.

Nesses órgãos, tramita pelo menos meia dúzia de inquéritos civis que investigam o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), desde crime ambiental, improbidade administrativa e irregularidades contratuais.

Hoje surgem fortes indícios de fraude no serviço de capina do DMLU.

A empresa DELTA Construções S/A contratada pelo DMLU, ainda no governo do ex-prefeito José Fogaça (PMDB), em 12 de setembro de 2007 – CONTRATO Nº 021/2007, é a operadora dos serviços de capina em Porto Alegre, cujo prazo contratual termina em novembro desse ano.

Para conhecimento do leitor, a medição do serviço de capina mecanizado de vias e logradouros públicos de Porto Alegre correspondeu a 1.831,99 km no mês de janeiro de 2012. O serviço de capina em Porto Alegre é pago por quilômetro e o preço de uma unidade corresponde a R$ 417,05 (quatrocentos e dezessete reais e cinco centavos).

Recentemente, em 15 de fevereiro de 2012, a DELTA Construções S/A recebeu do DMLU o montante de R$ 764.031,43 (setecentos e sessenta e quatro mil e trinta e um reais e quarenta e três centavos) referentes aos “serviços executados” no mês de janeiro de 2012, conforme o processo de pagamento número 005.346/12.8.

O DMLU impede que os portoalegrenses fiscalizem o serviço de capina. Falta no mínimo transparência. Essa autarquia municipal de Porto Alegre não disponibiliza ao contribuinte da “taxa do lixo” os roteiros de capina.

A DELTA diariamente “presta” os serviços de capina sem que o contribuinte conheça as ruas e avenidas por onde estaria sendo “executado” pela empresa privada.

Basta consultar o site da Prefeitura de Porto Alegre, visitar a página do DMLU, e ver que lá não é veiculado o roteiro de capina da empresa DELTA Construções S/A.

Para piorar, a Prefeitura de Porto Alegre e o DMLU não disponibilizaram até a data de hoje na internet, uma cópia da íntegra do CONTRATO Nº 021/2007 firmado com essa empresa privada. Vão fechar 5 (cinco) anos e não se conhece ainda hoje as cláusulas do contrato milionário.

O DMLU diz “que as ruas e avenidas da cidade são capinadas durante os 12 meses do ano, totalizando um trabalho que, na soma, chega a 18 mil quilômetros anuais e que a programação é planejada pela Divisão de Limpeza e Coleta (DLC)”.

O site Máfia do Lixo recebeu hoje uma denúncia de suposta fraude na capina das ruas e avenidas de Porto Alegre. Fotos mostram as vias públicas dos bairros Vila Elizabeth e Vila Leão na capital gaúcha.

O CONTRATO Nº 021/2007 obriga a DELTA Construções S/A a manter no serviço de capina o total de 12 (doze) equipes com 25 (vinte e cinco) funcionários em cada uma, o que representa diariamente o somatório de 300 (trezentos) garis a frente dos trabalhos em Porto Alegre.

Na verdade a empresa DELTA hoje se utiliza de 8 (oito) equipes com 15 (quinze) garis em cada uma delas. Ou seja, a DELTA trabalha com 120 funcionários, o que é um forte indício de fraude contratual. Opera com menos da metade de funcionários previstos no CONTRATO Nº 021/2007.

Em uma fiscalização realizada hoje pela manhã em Porto Alegre, o jornalista Vitor Vieira, editor do site VideVersus, pode observar e fotografar a falta de capina em diversas ruas da Vila Elizabeth. O bairro já teria sido apontado como “capinado” e “limpo”.

Mesmo sem concluir o serviço nesse bairro, a empresa DELTA já “pulou” para a Vila Leão. Tudo isso na cara do DMLU, que por sinal não tem fiscal acompanhando a capina. Inacreditável.

A falta de capina é sinal de que a empresa privada contratada pelo DMLU não está cumprindo o roteiro do serviço que lhe é pago com dinheiro público. O que indica fraude.

Isso é gravíssimo, pois estamos lidando com o dinheiro vindo da “taxa do lixo” dos contribuintes de Porto Alegre.

A empresa DELTA Construções S/A se utiliza de tratores para o serviço de capina. A varredeira, tipo bobcat, opera sem licenciamento e seguro, e está sem placas.

Recentemente a empresa de controle do trânsito de Porto Alegre, a EPTC, apreendeu um trator varredeira por infração a legislação nacional.

Outro trator da DELTA, conhecido por capinadeira, trabalha com escova de arrasto, proibida pela Delegacia Regional do Trabalho, por não possuir proteção das correias, o que pode ocasionar um acidente fatal.

O equipamento que deveria ser utilizado no caso é o trator capinadeira com escova pela lateral. Obrigação contratual que está prevista no instrumento público firmado com o DMLU.

A empresa DELTA se utiliza de um ônibus, onde improvisou um banheiro químico para os garis. Esse deve ser vistoriado. Lá também é o local onde os trabalhadores fazem a refeição no horário do meio dia.

Tudo isso acontece com a autorização da Divisão de Limpeza e Coleta (DLC), do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre, que deveria fazer a fiscalização do serviço de capina e da operação do contrato milionário.

É mais um caso para o Ministério Público de Contas, que atua junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, e para o Ministério Público do Estado.

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) recebeu a notícia da suposta fraude na operação do contrato milionário do serviço de capina de Porto Alegre.

O prefeito José Fortunati (PDT) deve explicações sobre a suposta fraude na operação do contrato de capina do DMLU. Ou estou enganado?

Fonte: http://www.mafiadolixo.com/categoria/noticias/

terça-feira, 27 de março de 2012

Pesquisa revela os líderes na disputa pela Prefeitura da Capital


José Fortunati e Manuela D'Ávila estão empatados, aponta Correio do Povo / Instituto Methodus

A segunda pesquisa Correio do Povo/Instituto Methodus para a eleição à Prefeitura de Porto Alegre em 2012 aponta um empate técnico entre o atual prefeito, José Fortunati (PDT), e a deputada federal Manuela D''Ávila (PC do B), nos três cenários pesquisados. A vantagem de Fortunati sobre Manuela varia de 0,9 ponto percentual a 3,1 pontos percentuais, conforme o cenário, mas os índices são inferiores à margem de erro admitida para a pesquisa, de 4,1 pontos percentuais para mais ou para menos. Em terceiro lugar nas intenções de voto aparece o deputado estadual Adão Villaverde (PT), com 10%, 10,5% e 11,3% nos três cenários. Não há uma variação significativa nas diferenças entre Fortunati e Manuela em relação à pesquisa anterior do Correio do Povo/Instituto Methodus, publicada em outubro de 2011, quando o deputado Adão Villaverde ainda não havia lançado sua pré-candidatura.

Nos cenários de segundo turno foram testados entre si os nomes de Fortunati, Manuela e Villaverde, manifestando-se novo empate técnico quando os nomes dos dois primeiros são apresentados aos eleitores ouvidos.

Além da pesquisa estimulada, na qual é apresentado aos eleitores um disco com os nomes dos candidatos, também foram colhidas as intenções de voto na menção espontânea, quando os eleitores ouvidos apontam livremente o nome de sua preferência. Neste tipo de levantamento, Fortunati, Manuela e Villaverde ocupam novamente as primeiras posições, com 8,2%, 4,2% e 2,2%, respectivamente.

Também foi perguntado aos 600 eleitores pesquisados entre os dias 20 e 22 deste mês em quem eles não votariam de jeito nenhum para prefeito da cidade. Neste levantamento, os eleitores podiam apontar mais de um nome. Como mais rejeitados aparecem Adão Villaverde, Ibsen Pinheiro (PMDB) e Manuela D''Ávila, enquanto Fortunati surge bem abaixo, na sétima posição.

Fonte: Correio do Povo


Todos os cenários aqui: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=406595

RS PARADESPORTO questiona discriminação na premiação nas provas da 9a Corrida de Aniversário de Porto Alegre


A RS Paradesporto apresentou Ofício e solicitou esclarecimentos da Secretaria de Esportes do Município de Porto Alegre com relação à ausência de premiação para a prova de corredores cadeirantes, em contrapartida à premiação a prova dos corredores andantes

A RS Paradesporto apresentou Ofício e solicitou esclarecimentos da Secretaria de Esportes do Município de Porto Alegre com relação à ausência de premiação para a prova de corredores cadeirantes, em contrapartida à premiação com vales compra para a prova dos corredores andantes, na 9a Corrida de Aniversário da Cidade de Porto Alegre.

A Associação entende que, por se tratar de um evento público, que integra o calendário oficial de atividades em comemoração ao aniversário da cidade, não pode haver discriminação ou diferenças na premiação. A Secretaria de Esportes ofertou resposta, em ofício, alegando que se trata de uma iniciativa de marketing da patrocinadora.

Diante da alegação, a RS Paradesporto protocolou novo Oficio junto à Secretaria de Esportes, reiterando o protesto quanto à discriminação e alertando para o fato de que o Poder Público não pode admitir uma "iniciativa de marketing" discriminatória num evento por ele promovido e realizado. O Ofício também questiona a total ausência de menção à prova dos corredores cadeirantes nas peças de divulgação do evento, publicadas no site oficial da Secretaria de Esportes.

Fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=33939

quarta-feira, 21 de março de 2012

Fortunati antecipa campanha eleitoral de 2012


Por Paulo Muzell

O material foi distribuído nas 91 escolas para que os cerca de 4 mil professores trabalhem com os 56 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino. E, provavelmente, nas quase duzentas creches conveniadas, mantidas com recursos da Prefeitura, que atendem mais de 14 mil crianças. Um público potencial de cerca de 70 mil famílias. O pretexto utilizado foi o aniversário da cidade, a comemoração dos 240 anos de Porto Alegre. A publicação se intitula “Um dia na família Porto” e se trata da mais descarada propaganda que um governo se atreveria fazer.

Elaborado como um gibi, em cores, a estória começa numa sexta-feira e retrata um dia na vida de uma família da capital. A mulher acorda indisposta e o marido recomenda que ela vá ao posto de saúde próximo. Lá chegando, sem precisar de agendamento prévio e ficha ela e o seu bebê tem um atendimento exemplar. Em seguida, na volta do posto junto com o marido e os filhos que estudam, aguardam o ônibus que chega rapidamente os transporta para os destinos desejados. Ora, a imprensa noticia diariamente os problemas dos postos e demais serviços de saúde: superlotação, médicos descumprindo horários, filas para obter uma ficha de atendimento após horas de espera. As reclamações sobre o transporte coletivo começam pela tarifa, uma das mais caras do país e que dobrou de preço desde o início do Plano Real, além do péssimo serviço.

Chegando à escola as crianças estão protegidas pela “faixa segura”, a famosa campanha da “mãozinha”. Campanha meritória, é claro, infelizmente muito mal feita: não mudaram os hábitos dos motoristas que, em expressivo número, desrespeitam os sinais de trânsito e a faixa dos pedestres.

Os alunos da rede municipal –informa o gibi -têm computadores à disposição, turno reverso que proporciona atividades complementares – esportes, recreação – para todos. Uma verdadeira maravilha! Uma pena que não seja verdade: sabe-se, ao contrário, do que a propaganda oficial afirma, que o turno inverso não existe na maioria das escolas e que a mais importante iniciativa para ampliá-lo, o convênio com o Instituto Ronaldinho Gaúcho, está sendo investigado pelo Ministério Público por indícios de desvios e superfaturamento.

O gibi informa o “grande orgulho da cidade” que no ano de seu 240º aniversário está “alegre e feliz” por ser sede dos jogos da Copa. As obras para o grande evento têm ritmo acelerado e o melhor, geram um grande número de empregos. Ledo engano: as grandes obras viárias da Copa e a ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho registram um grande atraso, estão em fase de projeto e apenas algumas – poucas – estão começando.

O gibi do Fortunati esqueceu de dizer que o seu governo prometeu investir no ano passado em obras na cidade 668 milhões e efetivamente aplicou menos de metade, apenas 290 milhões. Nos projetos viários da Secretaria de Obras (SMOV), foi previsto destinar 162 milhões e foram efetivamente investidos 16 milhões, ou seja, apenas 10%. Certamente um desempenho que não pode ser motivo de orgulho ou de exaltação.

A coleta de lixo, domiciliar e seletiva é, no gibi-propaganda de Fortunati, um primor. Mais uma irrealidade: 2011 foi, certamente, o pior ano de coleta da cidade nos últimos vinte anos. A empresa responsável pela coleta faliu e foi substituída às pressas por uma nova empresa, sem licitação. O gibi esqueceu, também, de falar no déficit do DMLU que este ano deve ultrapassar os 100 milhões de reais.

O governo municipal é um primor, a cidade quase um paraíso, mas há um problema a ser duramente combatido: o vandalismo. Maus cidadãos destroem orelhões, quebram lâmpadas, destroem as paradas de ônibus, impedindo que o portoalegrense seja totalmente feliz. O gibi esquece que poder público tem por função fiscalizar e é totalmente omisso.

E, para finalizar a estória, a esposa complementa sua renda auxiliando na escrita de uma das bancas do camelódromo, outra “grande iniciativa” do governo Fo-Fo. Decerto numa das bancas que ainda continua aberta. A imprensa tem amplamente noticiado que o elevado preço cobrado pela empresa privada que explora aquele equipamento público está, paulatinamente, reduzindo o número de bancas em atividade.

É claro que a estorinha tem final feliz. O marido se despede da mulher e vai para uma das reuniões do OP. O Gibi-propaganda se esqueceu de dizer que Fogaça destruiu o OP e que tardiamente Fortunati- com escasso sucesso – está tentando reanimar o falecido. Infelizmente numa ótica aparelhista, antidemocrática..

Não há qualquer dúvida: com a publicação e veiculação deste material escandalosamente propagandístico, e pago com dinheiro público, Fortunati começa antecipadamente a campanha eleitoral de 2012.

Tema para denúncias futuras que deverão ser apuradas pelo Tribunal de Contas e pelo TRE/RS.

Fonte: RS Urgente

terça-feira, 20 de março de 2012

Gestão eficiente?

A prefeitura de Porto Alegre está surfando na onda de que tem ótima gestão! Também pudera, não investe nem metade do previsto no orçamento da cidade.

Mas vamos às questões, pra ver na prática se é eficiente ou não

Hum... R$ 100 milhões em dívida da Carris somados aos mais R$ 12 milhões junto ao Grupo Hospitalar Conceição dão um ótimo exemplo de eficiência na Gestão Fortunati.

Se isso é gerenciar bem uma cidade, fico pensando no que está acontecendo nas que são piores que Porto Alegre (pelo menos no ranking).

O mais impressionante é que um vereador do PDT, partido do prefeito Fortunati, foi à tribuna da Câmara reclamar com muita veemência da atual direção do GHC.

A pulga atrás da orelha é porque o prefeito queria o PT de aliado nas eleições de 2012. Agora que não levou o apoio manda esculhambar geral? Detalhe, o diretor do GHC é petista. E há quem diga que defendeu a aliança PDT-PT no Paço Municipal. Será retalhação por não ter levado?

Devo, não nego, pago quando bem entender. Mesmo com autorização (claro reconhecimento da dívida) de pagamento, a prefeitura de Porto Alegre ainda não quitou sua dívida e não sabe quando o fará.

Se sem recurso a saúde é precária, imagina com uma dívida dessa!

E pra terminar: por que a prefeitura não aceita as 39 ESF do Conceição? A promessa de 2008 era aumentar de 90 para 200 as ESF. Estamos em 2012 e temos pouco mais de 100 ESF. Será que conseguirão chegar a 200? Reduziria danos, já que a necessidade é de 400.

Opa, Ciclovia?


sexta-feira, 16 de março de 2012

#diluvioempoa

Pra Zero Hora, a chuvinha dessa semana que caiu em Porto Alegre não é mais notícia. As ruas destruídas e o caos passaram. As famílias desabrigadas não existem. E foi tudo culpa de São Pedro.


Cidades viram canteiros de obras em ano eleitoral


Ano de eleição municipal e a situação se repete em várias cidades do Brasil: de olho nas urnas, políticos lançam ou apressam obras que, em muitos casos, estavam paradas ou cujos cronogramas previam outras datas de inauguração, para não mencionar a necessidade ou a prioridade de algumas dessas obras. São ruas com trechos interdidados, praças fechadas, recapeamentos de vias, calçadas onde a passagem de pedestres se torna quase impossível e outras variedades. Alguns municípios viram verdadeiros "canteiros de obras" nesta época. Pela legislação eleitoral, candidatos à eleição só podem participar de inaugurações de obras até o dia 7 de julho.

A prática de concentrar inaugurações de obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão pública, avalia o professor do Departamento de Gestão Pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Marco Antonio Teixeira.

“É muito comum os governantes do Brasil fazerem isso. Deixarem seu pacote de investimentos para o ano eleitoral, exatamente para aumentar a sua popularidade para ter condições de se reeleger ou de fazer o seu próprio sucessor”, diz.

Abaixo, disponibilizamos a primeira videorreportagem feita pelo UOL em formato acessível para pessoas com deficiência auditiva e visual, com recursos de audiodescrição, legenda e inclusão de um intérprete de libras.

Pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada), com base em dados de 1995 a 2011, revela que o investimento público de prefeituras, governos estaduais e federal, sempre aumenta em ano de eleição. Em contrapartida, quando não há disputa por cargos, há contenção de despesas.

Com um orçamento quase 9% maior do que em 2011, que somam aproximadamente R$ 38 bilhões, a gestão do prefeito Gilberto Kassab, do PSD, terá à disposição cerca de R$ 6 bilhões para investir em obras neste ano, em São Paulo. E, se seguir a lógica dos últimos anos eleitorais, a prefeitura vai usar boa parte desse dinheiro.

Em 2008, quando concorreu à reeleição, Kassab gastou 73% da verba prevista para investimentos. Em 2010, quando apoiou José Serra nas eleições presidenciais, o número também subiu: 97% da verba foi gasta. Já em 2009 e 2011, os investimentos caíram para 60 e 58%, respectivamente.

Fonte: UOL

quinta-feira, 15 de março de 2012

A relação entre o interesse público e o privado em Porto Alegre



Por Paulo Muzell


Há uma constante nos nossos pouco mais de cinco séculos da história: a promíscua relação entre o interesse público e o privado. Começando lá pelas capitanias, passando pelo Brasil-Colônia, pelo Império, pela República Velha, e depois pela Nova, tenentista, em quase todos os períodos – com raras exceções -, uma elite conservadora e apátrida dirigiu o Estado com um objetivo central: consolidar um poder político monolítico, nada democrático que atendeu, invariavelmente, às necessidades de consolidação de seus patrimônios particulares.


O país sofreu cinco séculos de exploração impiedosa de uma elite predadora. No nebuloso período – que alguns anos atrás – vivemos sob a égide da ideologia forjada lá fora por Thatcher e aqui por Efe Agá, o símbolo maior do desmonte foi a vergonhosa venda da Vale, a preço de banana. Aqui no estado tivemos o obscuro britismo que deixou como herança dois mega escândalos: a doação à GM de quase trezentos milhões de dólares e a privatização da CRT, atendendo interesses do ex-patrão do governador, a RBS.


Aqui em Porto Alegre os dezesseis anos da Administração Popular (Olívio-Tarso-Raul e Verle) interromperam a “onda privatista” embora deva se reconhecer que houve, também, considerável avanço na terceirização dos serviços especialmente no DMLU e no DMAE. Mas é a partir de 2005, quando começa o governo Fo-Fo (Fogaça-Fortunati) é que a coisa desanda. Acelera-se a contratação de serviços (rubrica 3390.33 a 39) e se aceleram e se estreitam as relações perigosas com o setor privado.


O Araújo Viana é oferecido a grupo privado que se propõe reformá-lo e, em contrapartida a empreiteira terá mais de dois terços do seu tempo de uso por um período de dez anos. Decorridos muitos anos a obra não é iniciada e, em 2010, quando retomada, anuncia-se que seu custo foi subestimado: custará três vezes mais, em vez dos 6 iniciaqlmente previstos, serão gastos 18 milhões de reais!


O Largo Glenio Peres, o espaço público mais central e nobre da cidade é “adotado” pela Coca Cola. A multinacional coloca sua propaganda e o poder público restringe o uso do local para preservar os interesses da empresa. O porto-alegrense certamente quer saber quais são os “encargos” da Coca, o que receberá a população em contrapartida por ter restringido do uso aquele valiosíssimo espaço público.


Na Fazenda Municipal o governo Fo-Fo, no início de 2005, concede seis meses para a Procempa concluir a elaboração de um novo sistema de administração tributária (SIAT) e decide contratar uma consultora privada. Início de 2012 sete anos e três meses depois – reunião de técnicos fazendários conclui que o trabalho da consultora – eivado de erros – não tem qualquer condição operacional. Deverá ser totalmente reestruturado, provavelmente pelos técnicos da empresa municipal, a Procempa. O pequeno detalhe é que mais de 5 milhões (a preços atuais mais de 6 milhões) já foram pagos à consultora. O Ministério Público de Contas recebeu denúncia e está apurando os fatos.


Há, também o desmonte da Carris, agravado pelo fato de que a tarifa de ônibus ser extorsiva (dobrou desde o início do Plano Real) e os serviços são muito ruins. A taxa de lucro do empresário é elevada e o governo Fo-Fo não realiza licitação para concessão de novas permissões de uso.


Há problemas menores, embora igualmente graves tais como a “venda de chaves” de bancas do Mercado Público Central, tudo ilegal, e feito na “moita” sob as barbas das autoridades municipais. Há também um pequeno e exemplar escândalo: um tradicional bar instalou várias “salas” (deques de madeira) com inúmeras mesas, pasmem na pista de rolamento da rua Gal. Câmara!!


Fonte: RS Urgente

quarta-feira, 14 de março de 2012

#diluvioempoa


Três anos depois e hoje vimos o mesmo caos... Qual o projeto do candidato da Zero Hora para a prefeitura? É para o Dilúvio? Pode ser que seja bicicletas flutuantes, porque umas quantas cairão no arroio.

CPIs governo Fortunati

O velho ditado, quem não deve não teme é velho (mesmo) e sempre atual. E nesse caso da CPI da Saúde, muita gente do governo treme porque é uma CPI que, se for fundo, derruba uma dezena de gente graúda. São pelo menos R$ 15 milhões desviados. A Procuradoria Geral do Município diz que são apenas R$ 5 milhões e não parece muito interessada em cobrar o que foi desviado através de um contrato emergencial de 24 meses.

Mas espera, emergencial no poder público são 3 meses, tempo para que seja feito, do zero, um processo licitatório. Por que não fizeram? Qual o interesse?

O resultado todos sabemos: uma morte não explicada, milhões pelo ralo, saúde precária, equipamentos e remédios que deveriam ter sido comprados e não apareceram até hoje.

Quem tem medo de CPI? Se eu fosse minimamente envolvido, teria e muito. Não é pouca pouca e ó envolve gente grande, muito grande. Não achem que houve apenas conivência, houve ação dos principais homens da prefeitura.

E aí prefeito? Vai manter a mordaça? Ou vai deixar investigarem?

Pisa: um grande trapace

Você sabe a diferença entre capacidade e execução? É aí que mora a grande charada do PISA, grande obra que tratará 80% do esgoto da cidade de Porto Alegre. Uma GRANDE mentira, encoberta pelo jornal Zero Hora. Claro que eles não conhecem os valões das comunidades pobres, Redundância, né, porque se é valão sujo, é valão dos pobres nessa capital gaúcha.

O PISA de nada vai adiantar. Ele tem apenas a capacidade. Mas não terá eficiência alguma, pois não rede de tratamento de esgoto. Ou seja, notícias pífias que a ZH vende bem. Ou melhor, espaços bem comprados e troca de gentilezas.

terça-feira, 13 de março de 2012

Fortunati não paga o salário mínimo na prefeitura


Este é um governo que descuida da cidade, que deixou os serviços de coleta de lixo entrarem em colapso no ano passado. A reação do Prefeito foi reagir com um golpe midiático, criando um serviço de coleta por containers, anunciado com muita publicidade como grande avanço. O que a maioria da população não sabe é que o novo serviço é mera “laranja de amostra”: além dos inúmeros problemas registrados, atende apenas 7% da população da cidade da área central da cidade e tem elevadíssimo custo, o que agravou o vultoso déficit do DMLU que este ano vai superar os 100 milhões de reais.

Este é um governo que não cumpre seu próprio orçamento: a cada ano que passa investe menos de metade do previsto na sua lei orçamentária, a LOA. Os serviços de saúde são péssimos, a reforma do HPS patina, o mesmo acontece com o Pronto socorro da zona sul e com a unidade de saúde da Restinga.

O ano de 2011 terminou e começou 2012 com falta de água justamente nas regiões periféricas, onde moram as famílias mais pobres. E o diretor do DMAE comparecendo à Câmara Municipal anunciou que tem no caixa da autarquia 300 milhões de reais! Como explicar, então que em dois projetos – o Melhoria do Tratamento de Água e a Ampliação da Rede de Água da Cidade -, com recursos assegurados no montante de 17,7 milhões tenha aplicado apenas 3,6 milhões, apenas 20% do previsto? Já num terceiro projeto foi previsto gastar 455 mil reais e foram destinados apenas 140 mil. Já em publicidade o DMAE firmou contratos no valor de 1,7 milhões, doze vezes mais do que foi gasto no ano passado na redução de perdas de água.

Também o secretário da Fazenda em depoimento na Comissão de Finanças e Orçamento (CEFOR) anunciou maravilhas. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e o retorno do ICMS tiveram excelente desempenho e a receita da Prefeitura cresceu em 2011 quase 17%, ou seja, 10% acima da inflação medida pelo IPCA.

Como explicar, então, que o governo Fortunati descumpra lei em vigor – aprovada há menos de um anos atrás – e esteja pagando para os padrões 2 e 3 dos servidores municipais valor abaixo do novo salário mínimo em vigor desde janeiro deste ano? A lei municipal 11.080/2011, em seu art. 5º assegura o pagamento do mínimo de 2011 e seu parágrafo único não deixa qualquer dúvida, ao enunciar que “o disposto no caput deste artigo terá aplicação sempre que houver alteração do salário mínimo nacional”.

Com a palavra o poder fiscalizador, a Câmara Municipal e o SIMPA, o sindicato dos municipários de Porto Alegre.

Fonte: RS Urgente

O DMAE e os perigos da terceirização


Nos últimos 3 anos, fatos lamentáveis têm ocorrido em Porto Alegre, em atividades da órbita do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE). Não se trata, porém, de desqualificar os servidores públicos que estão ali fazendo seu trabalho sério e diário. Estes acontecimentos dizem respeito a empresas terceirizadas que estão assumindo, cada vez mais, áreas antes gerenciadas pelo Poder Público.

Em passado recente, uma repavimentação mal feita ocasionou o óbito de um motociclista na Zona Sul da cidade. O serviço foi delegado a uma empreiteira que colocou somente brita no local e não fez a devida sinalização. Resultado: uma morte

No ano passado, na construção de uma Casa de Bombas, também na Zona Sul, dentro do Projeto Integrado Sócio-ambiental, uma laje de concreto caiu ocasionando a morte de dois operários e ferimentos graves em outros. Dois engenheiros do DMAE, semana passada, foram indiciados por homicídio culposo e outros dois da terceirizada também. O CREA abriu estudo para verificar a culpabilidade dos profissionais envolvidos.

E, para finalizar esta via-crúcis de tragédias, um caminhão-pipa virou neste sábado próximo da Rua Mariz e Barros. E, adivinhem, naturalmente era um veículo terceirizado com motorista idem.

A terceirização é uma via que vem conduzindo, a passos largosa à privatização dos serviços.

No entanto, a captação, tratamento e abastecimento de água e o tratamento de esgoto devem ser públicos e universais. É inconcebível visar lucro num item vital como a água. Com a terra e á agua já incluídos na relação dos privatizáveis, resta agora o ar. Por quanto tempo?

Fonte: RS Urgente

segunda-feira, 12 de março de 2012

Abandono do poder público

Também no jornal da Restinga, mais uma mostra do abandono do poder público municipal.


Lixo na Restinga (e em toda cidade)

Alguns jornais de bairro - os que vendem a alma para sobreviver - mostram a realidade dos bairros. O jornal da Restinga dessa semana traz bons exemplos. Claro que você não lê na Zero porque em primeiro lugar, é na Restinga, em segundo, porque pra eles só existe contêineres quando o assunto é lixo.

Homem é morto a tiros no bairro Belém Velho


Um homem não identificado foi morto a tiros no último sábado no bairro Belém Velho, em Porto Alegre. A vítima aparentava entre 25 e 30 anos. Não há suspeitos do crime.

Fonte: O Sul

sexta-feira, 9 de março de 2012

Descaso cria cracolândia em zona central de Porto Alegre


Não deu na Zero, mas deu no Jornal Metro

Sem obstáculos, uma cracolândia está surgindo na região central central de Porto Alegre. Catadores e moradores de rua da Almirante Barroso aproveitam a tranquilidade do local para vender objetos roubados, consumir crack e fazer sexo no espaço público. Zona comercial durante o dia, quando anoitece a Almirante também é invadida por prostituras e travestis que potencializam o comércio de drogas. O movimento segue até o amanhecer. “É comum abrir a firma às 7h e alguém me oferecer um tênis ou um celular roubado para comprar crack”, relata o encarregado de produção Leonel da Silva Soares, que trabalha numa metalúrgica com sede na Almirante Barroso. Os funcionários, quando esticam o expediente até por volta de 20h, precisam sair da empresa em grupos para evitar assaltos. Segundo Soares, a população de moradores de rua cresceu nos últimos meses. A vice-diretora da Escola Estadual Camila Furtado Alves, Roselene Zottis, assistiu de camarote à degradação da rua. “Leciono aqui há 23 anos e nunca tinha visto decadência igual. É uma terra sem lei, as pessoas fazem o que querem”, diz, assombrada. É comum a professora encontrar cachimbos de crack e seringas pela manhã, quando chega à escola.O lixo acumulado na rua também incomoda. Gerente de uma confecção, André Ferrari também se assusta com o descaso. “O consumo de crack é intenso, a qualquer hora do dia. Não há o menor constrangimento”, observa.

Fasc só atende com chamado

A Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania), que coordena as políticas assistenciais na cidade, informou ontem que não há nenhum registro de atendimento na rua Almirante Barroso para casos de consumo de drogas ou de vulnerabilidade social. Por meio da assessoria de imprensa, a Fundação explicou que só se desloca para um determinado local se receber uma notificação. Segundo a assessoria do órgão, nenhum pedido de atendimento na rua por parte da população chegou ao órgão nos últimos sete meses. A Fasc mantém nove equipes de abordagem na cidade, uma para cada Creas (Centro de Referência Especializada em Assistência Social) de Porto Alegre.

Creas do Centro já mapeou seis ‘cracolândias’

A Creas Centro, que atua na região da Almirante Barroso, já identificou pelos menos seis locais utilizados por grupos de moradores de rua para consumir drogas na região. A técnica Patrícia Mônaco, que atua na abordagem, disse que as ocorrências são muito comuns. “A falta de dados sobre a Almirante Barroso pode ser explicada pela ausência de moradores. É região comercial”, diz. Segundo ela, de 10 a 15 chamados são registrados diariamente no Creas Centro. Patrícia afirma que a estrutura de atendimento é insuficiente. “Fazemos o possível, mas é um problema maior. Não se cura crack com chá de camomila”, compara.

terça-feira, 6 de março de 2012

O transporte público e descaso com a Carris


Em uma entrevista na Rádio Gaúcha, um dos prefeituráveis – a deputada Manuela – mencionou algo que poderia ser uma pista para uma ótima pauta jornalística. O jornal da mesma rede recusou-se a investigar o que é um escândalo da (não) gestão pública. É dinheiro público jogado pelo ralo. Bastava ver e procurar documentos, andar nas linhas Carris e conferir de perto as conversas entre motoristas e cobradores durante as viagens. Foi o que fizemos. Claro que você não leu na Zero. E não precisa dizer o motivo.

Há algum tempo ela falou sobre isso no Twitter e fomos buscar as informações. Hoje, ela falou de novo e aproveitamos a deixa, para publicar o que conseguimos.

A Carris foi fundada em 13 de maio de 1872. Em 19 de junho do mesmo ano passou a ser (por decreto) a operadora do transporte público de Porto Alegre.

A empresa de 139 anos (no ano em que Poa completa 240 anos, ela completa 140), tem frota de 361 ônibus, operando 27 linhas. Transporta cerca de 220 mil passageiros/dia, 72 milhões por ano. Deveria (e poderia) ser modelo, tinha tudo para ser modelo. Mas não é. Virou aparelhamento e empilhamento de pessoas que nada entendem de transporte. O resultado é a falta de ônibus, transporte coletivo caro, sucateamento da frota, funcionários insatisfeitos, riscos para passageiros e, sobretudo, endividamento desproporcional.

Vamos às explicações: em 2004, a Carris tinha 16 CCs; em 2008, eram 19; em 2011, pasmem, 53. Tem mais CCs do que cadeiras!

Em 2005, a empresa tinha uma dívida de R$ 5 milhões (parcelada) e caixa de R$ 5 milhões. Em 2010 a dívida chegou a R$ 95 milhões (valor que corresponde à receita líquida de um ano da empresa); em 2012 está em R$ 100 milhões. Claro que não nada de recursos em caixa.

Um dos motivos do endividamento é a tese que prevê a compra, mas não o pagamento. Assim, a Carris captou recursos e boa parte disso com taxas muito superiores à própria remuneração tarifária. Qualquer leigo sabe o resultado de tamanha imprudência. Ainda mais quando os valores são em milhões.

Quanto à frota, em 2007, a frota era de 341, em 2010, 361, em 2011 os mesmos 361. Crescimento abaixo do necessário para atender à demanda que aumenta ano a ano.

Além disso, há graves denúncias de que, com a frota envelhecida, os funcionários são obrigados a tirar peças de alguns ônibus para recolocar em outros. Ou seja, a frota total que eles apresentam, não a mesma que circula nas ruas e corredores de ônibus. Talvez isso explique todas as linhas T superlotadas. T7, T3, T11, T2... basta fazer a experiência.

Como chegou em R$ 100 milhões a dívida? Quem são os 53 CCs? Qual a formação e contribuição deles para a Carris?

Como uma empresa desse porte, que deveria balizar o valor das passagens, consegue ter uma dívida tão alta, enquanto as privadas aumentam os lucros?

As respostas não serão lidas na Zero. Mas podem ser subentendidas nesse episódio: o ex-diretor administrativo financeiro da Carris (Sr. Regis) foi alvo de sindicância. O motivo? Descontou cheque dele mesmo em caixa! Contando, ninguém acredita!

A inércia dos poderes


Por Sergio Kaminski, artigo publicado no Jornal do Comércio

Em 30 de outubro de 2007, a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa de 2014. Em 31 de maio de 2009 as cidades sede foram definidas... Entre elas Porto Alegre! Você sabe o que já aconteceu de significativo em obras públicas na Cidade Sorriso nos últimos três anos? Você não sabe simplesmente porque nada aconteceu! É uma tristeza! Se você compareceu em alguma palestra com show de recursos audiovisuais e visões futurísticas... Fique atento! Tudo já é desde seu início campanha política visando às próximas eleições... O show de ilusionismo e promessas já está em pleno andamento. Alguma decisão, quando tomada, ainda necessita vencer obstáculos tais quais preguiça, incompetência e falta de comprometimento dos vários compartimentos de um paquiderme doente denominado “máquina pública”... Um lugar onde ninguém decide e ninguém faz acontecer... E todos se mantêm empregados! Na terra dos caranguejos, chimangos/maragatos e grenalização a velocidade máxima é a do cágado! Para dar qualidade ao texto copio a filosofa judaico-russa Alyssa Rosenbaum (1905-1982), conhecida por desenvolver um sistema filosófico denominado Objetivismo: “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem não negocia com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos com suborno e influência e não pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, ao contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em autossacrifício... Então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”

Caiu na rede

Pelas redes sociais achei essa foto. Se não impactar as pessoas, não sei o que é possível esperar dos outros. Mas, claro, a nota da saúde de Porto Alegre foi comemorada. Cidade de classe média predominante, que esconde a pobreza extrema e os 30 bolsões de pobreza têm saúde sem problemas. Que o digam as crianças, que se escondem do sol, usam gancho enferrujado como suporte para remédio, sem sequer alcançar lá. Em meio a isso tudo, lixo, animais doentes e a ausência total da prefeitura e do estado.

Zero Hora é condenado por cafetinagem


O tabloide gaúcho Zero Hora, principal braço impresso da organização mafiomidiática RBS [afiliada da Rede Globo], foi condenado judicialmente a indenizar, por dano moral, uma senhora aposentada que mora com o pai, um senhor de idade avançada, no município de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. O valor da indenização foi fixado em R$ 5 mil.

No dia 6/2/2010, o tabloide publicou, na seção de classificados, anúncio oferecendo serviços de uma acompanhante sexual, informando o número do telefone residencial da autora da ação. A veneranda chegou a receber, numa única manhã, mais de 15 ligações com propostas libidinosas e cabeludas. Por causa disso, ela entrou na justiça contra a gazetinha.

Em 1º Grau, o juiz da Comarca de Caxias do Sul deu provimento ao pedido. ZH recorreu da decisão alegando que os classificados são coletados por prestadores de serviços terceirizados, e que as informações são fornecidas pelos anunciantes. Defendeu ainda a inexistência do dano moral, uma vez que o nome da autora não foi divulgado no anúncio, somente seu telefone.

Na sentença, o desembargador-relator disse que “a falha na publicação gerou dor e angústia a autora, que passou pela inegável humilhação de atender os interessados no anúncio, ouvindo termos típicos, considerando as características apelativas do aviso”. Além disso, ressaltou que sendo o réu responsável pela edição do jornal, responde, sim, por eventuais erros, “não havendo que se atribuir a terceiros a responsabilidade pelo evento danoso”.

Cloaca News