quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Falta d'água atinge moradores de Porto Alegre

Alguns jornais falaram, já a ZERO, claro que não. Pode-se conceber que em um momento de desenvolvimento como o que vivemos pessoas não tenham água em suas casa? Com um calor lancinante de quase quarenta graus, não ter água é algo, no mínimo, inadmissível. 
Pois bem, não vi nas reportagens que saíram o apontamento de que o  DMAE gastou dois milhões em 2011 em publicidade e apenas um milhão em investimento nas redes. 
Se a alegação da prefeitura é de que a falta d'água se dá pelo excesso de consumo - essa administração insiste em culpar o povo (vide calçadas) - por que não falta água na Cidade Baixa, Moinhos, Petrópolis? 
No bairro Rubem Berta, a falta d'água é crônica. Os moradores obtiveram do próprio DEMAE a informação de que há falha na elaboração do projeto. Ou seja, não é excesso de consumo. É falha das brabas. Por que baratear um projeto? Será simples incompetência do engenheiro responsável? Ou há interesses ocultos? No popular, isso chama corrupção. Mas não veremos isso na mídia, claro.  
Lomba  do Pinheiro e Ponta Grossa são apenas dois exemplos que foram levados à Câmara ontem. Num passeio pela cidade e comunidades vulneráveis, abrem-se torneiras e nada de água. 
Ah, claro, vamos dar espaço à nota do DEMAE: o consumo acima da média provocado pelo calor e as perdas devido às ligações irregulares inviabilizaram a recuperação dos níveis dos reservatórios que integram o sistema de Belém Novo. Pois, bem, senhores donos do DEMAE, fiscalizem. Deem a chance das pessoas terem acesso ao mínimo. Não usem isso para culpar a quem não tem responsabilidade da incompetência e falta de vontade da prefeitura.
Não li na Zero e não vou ler isso nunca. 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tuberculose em Porto Alegre

Não li na Zero nada sobre Tuberculose em Porto Alegre.

Nada que diga, por exemplo, que 66% dos casos são homens, de 38 anos em média. Que a idade mínima é de 10 (!) anos e máxima de 94. Nada sobre dados que co-infecção: 30,34 % também estão infectados pelo vírus HIV. Nada sobre os 13,9% de abandono ao tratamento e aos 10,5 % de óbitos.

Nas ilhas - ZH e prefeitura as tiraram do mapa - os índices são gritantes.

A taxa de incidência está associada aos indicadores socioeconômicos. Nos bairros mais carentes, a chance de infecção é oito vezes maior. A taxa, nesses bairros, chega a índices de países africanos.

Mas isso não é notícia. Por isso Eu Não Li na Zero



Valão da Santo Agostinho

O que me impressiona na Zero Hora e na sua reputação é a tendência clara a ignorar a população que mais precisa de voz. A classe média está sempre bem e o problema da ciclovia de passeio estampa as capas. Os alagamentos pós carnaval não foram notícia. Esse valão invade casas, faz as crianças brincarem em meio ao lixo! Se isso não é notícia, então não sei o que é.


Link: http://www.youtube.com/watch?v=rMKs0gvxz9U&feature=youtu.be&noredirect=1

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O mais emblemático

Não li na Zero aquele clássico catarinense, de um grupo de meninos que violentou uma menina. A culpa, claro, não era do sobrenome dos meliantes. Era da menina. Decerto era provocativa. Decerto não deveria ter ido à casa dos colegas.

Fico me perguntando se ainda existe alguém que acredita naquela propaganda tosca "eu li na zero". Vocês conhecem aqueles figuras? Pois eu conheço um que não passaria na ficha limpa da casa de qualquer cidadão. Saiu expulso da capital brasileira e veio referendar a nobre publicação gaúcha.

Me poupem, o que não li na Zero é a realidade de todas as cidades gaúchas, sem distinção de sobrenomes ou publicidade, sem conservadorismo ou elite social. O mundo é bem maior que as páginas corruptas desse jornal.